Saiba como se dá uma infestação de cupins nas casas de áreas urbanas



Foto: Thinkstock/Getty Images
Uma ameaça silenciosa coloca em risco a integridade de móveis e estruturas de madeira. Lentamente, cupins estabelecem colônias em lajes, paredes duplas, subsolos e diversos outros locais de residências. Se não forem detectados e eliminados rapidamente, estes pequenos insetos podem causar grandes prejuízos.
Os principais tipos de cupins que se constituem como pragas urbanas no Brasil são o de madeira seca e o subterrâneo. O primeiro, como o nome deixa claro, ataca móveis e estruturas com pouca umidade, e deixa um granulado característicos, que na verdade são suas fezes. Suas colônias têm algumas centenas de indivíduos, e costumam ficar isoladas em uma área.

Já o subterrâneo se desidrata com mais facilidade e procura locais escuros e úmidos. Seus ninhos são estabelecidos, em geral, mais próximos ao solo, e os cupins deixam rastros por onde se movimentam, pois constroem túneis que deixam marcas no chão e nas paredes. Seu ataque é muito mais agressivo, pois não se resume a uma peça. Além disso, a colônia tem milhares de indivíduos.
Apesar de os cupins causarem grandes transtornos, os potenciais danos às vezes são exagerados, como a crença de que eles comem concreto. Segundo o biólogo e vice-presidente executivo da Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas (Aprag), Sérgio Bocalini, não há risco, por exemplo, de que uma casa, que não seja de madeira, caia por culpa destes pequenos insetos.“O máximo que eles fazem é ampliar algumas trincas que já estejam presentes na alvenaria, mas, de maneira alguma, isto abala a estrutura da casa”, destaca.

“O que realmente acontece é o desabamento de alguns telhados”, conta o biólogo. Segundo ele, as casas com forro de estuque são as principais vítimas, nesse caso. Essas estruturas, muito utilizadas em construções antigas, eram feitas totalmente de madeira, posteriormente coberta com gesso.

Mesmo que os cupins não derrubem casas, os prejuízos causados por suas ações são enormes. Nos EUA, a Associação Nacional de Controle de Peste estima que US$ 5 bilhões sejam perdidos todos os anos por conta de danos a propriedades. No Brasil, não há um levantamento similar, mas, de acordo com Bocalini, é provável que grande parte das casas tenha a presença dos insetos. “A própria estrutura construtiva de vários imóveis facilita a instalação de cupins”, diz.

Como exemplo, ele cita os “caixões perdidos”, peças de madeira colocadas dentro de algumas lajes de concreto. “Também há locais escuros e úmidos em que os materiais que sobraram da construção ficam abandonados”, ressalta.

Bocalini recomenda que, a cada 6 meses, os proprietários chequem as peças e estruturas de madeira. “A infestação não acontece tão rápido, de uma hora para outra”, diz. “No caso de um armário embutido, esse tempo é de cerca de 8 meses”, exemplifica. O ideal é ficar atento aos possíveis rastros, esvaziar regularmente os móveis e bater onde houver madeira para checar se o barulho indica que a peça está oca.

Caso haja cupins, a pessoa deve entrar em contato com uma empresa especializada. Mas, apesar de ser possível terminar com a infestação quando os danos causados ainda são mínimos, o melhor é sempre prevenir. Bocalini conta que há duas maneiras para isto. “Existem madeiras naturalmente mais resistentes aos insetos e tratamentos com cupinicidas anteriores à construção”, afirma.

Madeiras como maçaranduba, peroba, copaíba e jacarandá têm fibras mais fortes, o que as torna mais difíceis de serem mastigadas pelos cupins. Os tratamentos com substâncias químicas, por sua vez, tornam o material venenoso para esta praga. 

Fonte: Globo Ecologia

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